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Mês a Mês na História destaca presença do negro na formação do Rio Grande do Sul

Anos 40. Praça da Alfândega. Ao fundo os atuais prédios do Museu de Arte, Memorial do Rio Grande e Santander/ AHRS-Fundo Iconografia.  Foto: Arquivo Histórico

1902. Amancia Goringa aos 112 anos de idade / AHRS-Fundo Iconografia . Foto: Arquivo Histórico

O Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, sediado no Memorial do RS, promove exposição de documentos originais do acervo relacionados a contextos e assuntos importantes da história gaúcha. Trata-se do projeto Mês a Mês na História, que revela marcos e movimentos da nossa História, apresentados de julho a dezembro deste ano. A exposição de novembro, Populações formadoras do Rio Grande: imagens e documentos, que começa no dia 01 e segue até o final do mês, consta também como programação paralela da 63ª Feira do Livro de Porto Alegre. A entrada é franca.

Em novembro – o mês da Consciência Negra – os documentos e imagens selecionados, em diferentes temporalidades, visam contribuir para as discussões sobre essa importante temática. O material apresentado na exposição, no primeiro andar do Memorial do Rio Grande do Sul, registra a presença do negro e sua relação com a sociedade em formação no nosso estado.

A seleção da historiadora do AHRS, Rejane Penna, inicia no povoamento do Rio Grande, com registros dos açorianos e sesmeiros no processo de apropriação da terra, bem como os indígenas – pouco a pouco circunscritos a aldeamentos.  De acordo com Rejane, “em toda essa dinâmica, será destacado a presença do negro, em diversos tempos, espaços e situações”. A historiadora ressalta ainda que boa parte da documentação pública sobre a escravidão foi destruída por decisão governamental, contudo, as instituições que guardam a memória da sociedade, como o Arquivo Histórico, preservaram material suficiente para contar essa história de sofrimentos, adaptações e resistências.

 

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