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Metade dos atuais ministros pode deixar o governo no ano que vem para se candidatar; maioria quer disputar vaga no Senado

Ministros preparam debandada eleitoral. (Foto: Alan Santos/PR)

Com a chegada de Ciro Nogueira no Planalto, vai se desenhando um cenário em que metade dos atuais ministros pode deixar o governo no ano que vem para se candidatar. A maioria quer disputar uma vaga no Senado, mas interlocutores dizem que a palavra final é do presidente. Dos 23 ministérios, contando com a recriação do Trabalho, nove titulares, Nogueira entre eles, são dados como certos nas urnas: Anderson Torres, João Roma, Fábio Faria, Gilson Machado, Rogério Marinho, Tereza Cristina, Onyx Lorenzoni e Flávia Arruda.

Os outros três que podem se candidatar são Tarcísio Freitas, Marcelo Queiroga e Milton Ribeiro.

Lorenzoni sonha com o governo do Rio Grande do Sul. Fábio Faria e Rogério Marinho se decidirão entre Senado e governo do Rio Grande do Norte. Tarcísio foi citado por Bolsonaro para concorrer ao governo de São Paulo.

No Distrito Federal, o entorno de Torres diz que ele não descarta concorrer contra seu ex-chefe, o governador Ibaneis Rocha (MDB). Tudo depende do cenário. Atualmente Torres é próximo ao PSL.

Tereza Cristina está entre o Senado e o governo do Mato Grosso do Sul, mas seu nome costuma circular para vice de Bolsonaro.

Nogueira, senador, é pré-candidato ao governo do Piauí. Por isso, o estresse na Economia quando ele ficou sabendo que a pasta liberou empréstimo de R$ 800 milhões para a gestão do seu adversário Wellington Dias (PT).

Segundo interlocutores de Nogueira, ele ficou destemperado: chegou a dizer que estava rompendo com o governo. Na semana seguinte, o senador foi escolhido como novo ministro da Casa Civil.

Apesar de entranhados na política, os ministros militares Luiz Eduardo Ramos e Braga Netto não esboçam intenção eleitoral. (Com informações de Alberto Bombig e Marianna Holanda)

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