Fátima Lo, mãe do campeão mundial de jiu-jítsu Leandro Lo Pereira do Nascimento, postou uma homenagem ao filho nas redes sociais. O atleta morreu no domingo (7) após ser baleado na cabeça por um policial militar durante um show na Zona Sul de São Paulo no sábado (6).
“Meu herói, lindo da mãe! Você foi um presente de Deus na minha vida. Vou sentir tanta sua falta, tá faltando um pedaço de mim. Te amo eternamente filho amado. Guardarei as lembranças boas que foram muitas. Você fazia eu me sentir a mãe mais amada do mundo. Muito obrigada pelo seu amor , seu cuidado. Te amo muito, saudade eterna”, escreveu Fátima Lo.
O PM Henrique Otávio Oliveira Velozo é apontado como o atirador que matou Leandro Lo. Ele teve a prisão temporária por 30 dias determinada pela justiça. O PM era procurado após fugir da cena do crime, segundo testemunhas. Ele se apresentou na Corregedoria da PM no final da tarde do domingo (7).
A Justiça manteve nesta segunda-feira (8) a prisão temporária de 30 dias de Henrique Velozo. O policial militar de 30 anos foi indiciado pela Polícia Civil pelo crime de homicídio doloso qualificado por motivo fútil, segundo informou também nesta segunda a Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio de sua assessoria de imprensa.
O lutador tinha 33 anos quando foi baleado na noite de sábado (6) no Clube Sírio. A morte cerebral dele foi confirmada no domingo (7) pelo hospital onde estava internado. Nesta segunda, Leandro foi enterrado num cemitério na Zona Sul.
O caso
Velozo teria sido a pessoa que atirou na cabeça de Leandro Lo durante uma discussão em casa de show no bairro de Indianópolis, Zona Sul da capital paulista, na noite de sábado (6). No documento enviado à Justiça, a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo define o policial militar como “autor do homicídio”.
De acordo com o advogado da família de Lo, Ivan Siqueira Junior, o lutador teve uma discussão com o PM. Para acalmar a situação, Lo imobilizou o homem que, após se afastar, sacou uma arma e atirou uma vez na cabeça do lutador.
O advogado conta que, após o tiro, o agressor ainda deu dois chutes em Leandro no chão e fugiu em seguida. Pouca gente ouviu o barulho do tiro porque o som estava alto em função do show.
Um amigo do lutador que presenciou o crime disse que o autor do tiro estava sozinho e provocou Lo e cinco amigos, que estavam numa mesa. “Ele chegou, pegou uma garrafa de bebida da nossa mesa. O Lo apenas o imobilizou para acalmar. Ele deu quatro ou cinco passos e atirou”, disse a testemunha, que pede para não ser identificada.
O atleta foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Arthur Saboya, no Jabaquara, também na Zona Sul de SP, onde morreu depois. As informações são do portal de notícias G1.