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México debaterá com equipe de Trump expulsão de imigrantes ilegais

Peña Nieto foi pressionado durante todo o dia por seus opositores a cancelar o encontro com Trump na Casa Branca, em retaliação ao decreto anunciado nesta quarta-feira por seu colega americano (Foto: Reprodução)

O governo mexicano discutirá em seus primeiros contatos com a equipe do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, a possível expulsão em massa de migrantes em situação ilegal, informou o porta-voz presidencial nesta segunda-feira (14).

Em coletiva de imprensa, o porta-voz, Eduardo Sánchez, explicou que o México está atento ao número de mexicanos que poderiam ser expulsos por Trump, que em entrevista à TV americana disse que quando assumir a Presidência começará a deportar ou prender até três milhões de ilegais com antecedentes criminais.

“Este e outros temas farão parte da agenda que o México porá sobre a mesa nas reuniões bilaterais que forem realizadas com o governo do presidente eleito, Donald Trump”, disse Sánchez.

Espera-se que Trump e Enrique Peña Nieto se encontrem, provavelmente antes de o republicano assumir a Presidência, em 20 de janeiro, para abordar temas da agenda bilateral.

Em 31 de agosto, o presidente mexicano recebeu o então candidato republicano em um encontro que foi duramente criticado.

Por outro lado, sobre as declarações de Trump sobre a necessidade de se erguer um muro em certas regiões da fronteira comum, Sánchez reiterou a postura do governo mexicano, que repudia pagar pela construção, como exigiu o republicano durante a campanha.

Sánchez também explicou que Peña Nieto deu instruções a todos os seus ministérios para analisar as áreas nas quais “tenham podido se apresentar contingências ou nas quais haveria oportunidades” no caso de uma deportação maciça de mexicanos.

A chancelaria lançará em breve uma campanha através de sua rede de consulados nos Estados Unidos para dar “informação” e “proteção” aos mexicanos que vivem no país.

O México se mantém em alerta sobre as possíveis consequências que a presidência de Trump pode ter tanto no livre comércio quanto no direito dos imigrantes, dois pontos que o republicano abordou em sua campanha, com propostas agressivas. (AG)

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