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Michel Temer apresenta as suas armas: sua estratégia é resistir, mas vê o apoio político diminuir. Sua defesa quer uma nova perícia e a suspensão do processo

A tendência é que o relator Jereissati opine pela rejeição de emendas que possam alterar o conteúdo da chamada PEC principal. (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)

Pressionado pela divulgação de áudios e vídeos comprometedores e investigado oficialmente por três crimes, o presidente Michel Temer contra-atacou no sábado em mais um pronunciamento no Palácio do Planalto. Em um discurso no qual transpareceu disposição para reagir, ele revelou sua estratégia de defesa no campo político e jurídico. A proposta é resistir às pressões pela renúncia, desqualificar os delatores e contestar as provas, em especial a gravação de sua conversa com Joesley Batista.

O primeiro passo foi pedir ao Supremo Tribunal Federal a suspensão do inquérito aberto contra Temer para investigar possíveis crimes de obstrução à Justiça, corrupção passiva e organização criminosa. E ainda requerer ao ministro Edson Fachin nova perícia no registro da conversa.

Enquanto isso, o apoio político minguar. A Executiva Nacional do PSB decidiu apoiar a renúncia de Temer como forma der acelerar a solução da crise de governabilidade. O colegiado também fechou questão em apoio a Emenda Constitucional que prevê eleições diretas. No PSDB, principal partido da base, o presidente interino Tasso Jereissati, garantiu que não tomaria medida precipitada, mas sofre pressão pelo desembarque.

 

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