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Michel Temer contra-ataca e denuncia provas “manipuladas” para tirá-lo do poder

“Continuarei à frente do governo”, disse o presidente. (Foto: Marcos Corrêa/PR )

O presidente Michel Temer decidiu resistir à enxurrada de acusações de corrupção e aos pedidos de renúncia feitos por sua própria base aliada e solicitou a suspensão das investigações contra ele, alegando que as provas foram manipuladas. As acusações se baseiam em uma “gravação clandestina manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos”, afirmou.

Continuarei à frente do governo”, assinalou o presidente, em seu segundo pronunciamento à nação desde que o jornal “O Globo” revelou, na última quarta-feira, o conteúdo de uma gravação em que Temer dava um suposto aval a um empresário para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso por corrupção. As acusações se baseiam, principalmente, em delações premiadas de executivos da gigante mundial da alimentação JBS, entre eles seus donos, Joesley e Wesley Batista.

O presidente pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) que “suspenda a investigação, até que se verifique a autenticidade da gravação clandestina”.

O STF já informou que avaliará esse pedido na próxima quarta-feira. Já o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo que a investigação continue e não se opôs à perícia reivindicada pelo presidente sobre a gravação.

Em seu pronunciamento no Palácio do Planalto, Michel Temer afirmou ainda que “não existe isso na gravação, mesmo tendo sido ela adulterada. E não existe porque nunca comprei o silêncio de ninguém”, assinalou, em um discurso sem direito a perguntas. Citando uma reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, o presidente disse que sua conversa com Joesley Batista foi editada, e que a gravação “foi incluída no inquérito sem a devida e adequada averiguação”.

 

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