O presidente Michel Temer repetiu a senadores do PMDB, durante reunião nessa quarta-feira, que só deixará a Presidência quando seu mandato terminar. Ele disse aos senadores que vai ficar até dia 31 de dezembro de 2018. Em pronunciamento e entrevistas, Temer já havia afirmado que não cogita renunciar.
Na reunião, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), aproveitou para criticar o senador Renan Calheiros, que é líder do PMDB no Senado. Calheiros não foi convidado.
Jucá disse que Calheiros não o representa nem representa a maioria da bancada. E pediu uma nova reunião para discutir a situação da bancada. O senador Jader Barbalho (PMDB-PA), por sua vez, fez críticas ao Ministério Público e à delação da JBS, defendendo a criação de uma CPI.
“Todos se mostraram dispostos a fazer Renan ver que ele não tem condições de continuar na liderança. É uma situação irreversível, insustentável. O Jucá quer fazer uma reunião da bancada com ele para explicar as razões porque afinal de contas todos são amigos de Renan, mas todos entendem que a situação é insustentável”, disse outro senador presente ao encontro.
O presidente também fez um balanço positivo da economia, disse que é o maior problema a ser resolvido e que vai até o fim nas reformas propostas ao Congresso. “Temer deixou claro que não vai renunciar e ganhou o apoio de toda a bancada. A maioria deixou evidente a solidariedade a ele”, afirmou um dos senadores participantes do encontro.