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Michel Temer ignora apelo de Dilma e tenta unir PMDB em torno do impeachment

Michel Temer (Foto: Gláucio Dettmar/AE)

Em uma “guerra fria” em que o rompimento se mostra iminente, a presidenta Dilma Rousseff e seu vice-presente, Michel Temer, definiram estratégias distintas para enfrentar o processo de impeachment. No roteiro do vice o ponto principal é a unificação da bancada do PMDB da Câmara dos Deputados, dividida ao meio pelos vaivéns sobre a escolha do seu líder. No campo oposto, o Palácio do Planalto aumenta a pressão sobre os deputados da bancada peemedebista que detêm cargos do governo federal, sobretudo nos Estados.
As ameaças lado a lado serão cada vez mais frequentes. Na conversa que tiveram, Temer e Dilma afirmaram que buscariam uma convivência “profícua”. No entanto, o vice deixou claro que vai se dedicar ao comando do PMDB. Segundo aliados de Temer, se Dilma buscar fustigá-lo dentro da sigla, o vice vai promover uma convenção do partido para consolidar o rompimento com o governo.
Antes, porém, Temer almeja unificar a bancada da sigla em torno do seu nome. Depois, pretende atrair para sua órbita outros partidos da base do governo, como PSD, PR, PTB e PP. O arremate da tática é forçar a saída dos ministros peemedebistas remanescentes na Esplanada.
A divulgação da carta a Dilma em que reclama de falta de confiança foi o primeiro passo de Temer em favor do rompimento. Depois, os aliados mais próximos do vice articularam a troca do líder do PMDB na Câmara. (AE)

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