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Michel Temer rejeita assumir o Ministério da Justiça e diz que “fica vice-presidente”

Alternativa tem sido defendida por deputados federais do PT próximos a Lula e pelo presidente da Câmara dos Deputados. (Foto: Marcelo Camargo/Abr)

No momento em que petistas e peemedebistas defendem sua indicação para o Ministério da Justiça, o vice-presidente Michel Temer refutou, na quarta-feira, a pretensão de assumir o cargo. A alternativa tem sido sustentada por deputados federais do PT próximos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que negocia com o Palácio do Planalto um recuo em relação ao encaminhamento ao plenário da Casa do pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.

O peemedebista culpa o atual ministro, José Eduardo Cardozo, pelo vazamento de detalhes da investigação contra ele pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República. A troca enfrenta resistência da petista. “Eu vou ficar vice-presidente”, respondeu ele, ao ser peguntado se assumiria a pasta.

Durante a reforma administrativa, realizada no início deste mês, Lula defendia, nos bastidores, que a presidenta trocasse Cardozo e apoiava os nomes do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados no Brasil) no Rio de Janeiro, e do ex-ministro Nelson Jobim, peemedebista e advogado, que tem atuado na defesa de empreiteiros na Operação Lava-Jato.

O ex-presidente defendeu também, na quarta-feira, que seja cumprida decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de suspender o rito estabelecido pelo presidente da Câmara para o andamento de um eventual processo de impedimento da chefe do Executivo. (Folhapress)

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