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Militares brasileiros começam a voltar do Haiti

Militares brasileiros retornam do Haiti. (Foto: Divulgação/Ministério da Defesa)

Militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea começam a retornar ao Brasil após 13 anos de atuação na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti. Na madrugada deste sábado (23), chegou o primeiro voo na Base Aérea de Guarulhos (SP), com 204 integrantes do 26º Contbras (Contingente Brasileiro) de Força de Paz no Haiti, responsável por encerrar a Missão de Paz.

Antes do retorno para casa, os militares permanecerão por dois dias em organizações militares para realização de exames médicos. Além desse primeiro voo, o restante da tropa chegará ao Brasil até o fim do mês de setembro, em mais três aeronaves, com cerca de 90% dos militares desembarcando no território nacional. A etapa final de desmobilização será concluída em 15 de outubro, quando se encerrarão as medidas de repatriação de pessoal e material.

O trabalho desenvolvido pelos 37,5 mil capacetes azuis no Haiti foi considerado eficiente e relevante pelo ministério da Defesa. A participação dos militares brasileiros foi reconhecida pelo povo haitiano e por autoridades internacionais pela desenvoltura com que combinam funções militares, como o patrulhamento, com atividades sociais e de cunho humanitário.

A desmobilização começou em 31 de agosto na capital do Haiti, Porto Príncipe. Ao londo da missão, 37,5 mil militares participaram dos esforços de paz. O objetivo era proporcionar estabilidade e segurança ao povo de Haiti, assim como de assistência humanitária, depois que o país foi alvo de um terremoto que deixou mais de 220 mil mortos.

“A missão foi muito bem cumprida pelas Forças Armadas brasileiras, demonstrando profissionalismo e comprometimento como a manutenção da paz. Além de haver contribuído sobremaneira para a estabilização do Haiti ratificou a imagem extremamente positiva e de grande credibilidade que o Brasil possui junto às Nações Unidas e à comunidade internacional, pelos mais de 70 anos como contribuinte para a paz no mundo”, afirmou o subchefe de Operações de Paz do Ministério da Defesa, almirante Rogério Lage.

Os maiores desafios enfrentados pela tropa brasileira teriam sido a pacificação de Cité Soleil no início da Missão, a atuação durante o terremoto em 2010 e durante o Furacão Matthew em 2016.

Desde 2004, além de ser o maior país contribuinte com tropa, o Brasil sempre teve um oficial-general como chefe do componente militar da missão. O último a desempenhar esta função está sendo o General Ajax Porto Pinheiro, atual Force Commander.

“Me sinto muito orgulhoso de ter participado do 26° Batalhão Brasileiro de Força de Paz e ter estado nesse momento de desmobilização. Feliz também em poder reencontrar minha família, meus amigos e poder compartilhar com eles a felicidade de ter integrado essa Missão de Paz no Haiti”, comentou o capitão Kleber Gomes, capacete azul que chegou neste sábado ao Brasil.

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