A Hemorrede pública do Rio Grande do Sul receberá 20 novos equipamentos do Ministério da Saúde. O investimento de quase R$ 3,4 milhões foi anunciado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Três municípios do Estado serão beneficiados com os novos serviços: Passo Fundo, Pelotas e Porto Alegre.
Hemorrede é a rede de hemocentros e serviços de hematologia e hemoterapia com o objetivo de garantir a coleta, processamento, transfusão e distribuição de sangue e seus componentes. Sua função inclui a assistência hemoterápica, o fornecimento de sangue para hospitais e o apoio a pacientes com doenças relacionadas ao sangue.
O plasma é a parte líquida do sangue que, ao ser processada, se transforma em medicamentos essenciais para o cuidado de pacientes com hemofilia, doenças imunológicas, outras condições de saúde e também para cirurgias de grande porte.
“Durante muito tempo, o Brasil não produzia os fatores que derivam do plasma e tínhamos que importar o tempo todo, gerando insegurança para quem tem doenças que dependem dos hemoderivados. Cada vez mais, as imunoglobulinas são utilizadas não só para doenças infecciosas, mas para outros tipos de doenças também — as imunoglobulinas hiperimunes. É um passo muito importante no cuidado à saúde para salvar a vida de tantas pessoas”, disse o ministro da Saúde.
No Brasil foi realizada a entrega de 604 equipamentos de alta tecnologia que, além de qualificar os serviços de hemoterapia, garantirão um aumento inicial de 30% no aproveitamento do plasma, gerando economia de R$ 260 milhões por ano ao governo federal com a redução da necessidade de importação de medicamentos.
No País, em 2024, mais de 3,3 milhões de bolsas foram coletadas, o que representa 1,6% da população brasileira. Atualmente, apenas 13% do plasma coletado no Brasil por meio de doações voluntárias é utilizado em transfusões, o que significa que 87% ainda podem ser destinados à produção de hemoderivados.
