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Ministério Público da Suíça contesta defesa de Eduardo Cunha sobre contas secretas

Para as autoridades suíças, contas no banco Julius Bär são incompatíveis com remuneração de Cunha como político (Foto: reprodução)

Diante das inconsistências da defesa apresentada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para a origem dos recursos das contas em seu nome e no de sua mulher em um banco na Suíça, incompatíveis com a remuneração de político, as investigações conduzidas pelo Ministério Público do país europeu já começam a apontar práticas criminosas.

“É grande a possibilidade de que os pagamentos efetuados às contas de Cunha sejam oriundos de propina e que ele seja culpado também por lavagem de dinheiro”, confirmou uma fonte ligada às autoridades locais.

Na sexta-feira, mais de um mês depois de ter vindo à tona a confirmação de que o congressista ocultou o patrimônio milionário no banco Julius Bär, Cunha acabou reconhecendo a ligação pessoal com as contas.

Em sua defesa no Conselho de Ética da Câmara, porém, o peemedebista deve alegar que os recursos foram depositados sem o seu conhecimento, em quitação de uma dívida pelo ex-deputado Fernando Diniz, já falecido. Além disso, tentará convencer os colegas de que as contas também foram abastecidas pela venda de carne moída a países africanos, na década de 1980, quando ele atuava como uma espécie de especulador financeiro. 

Embora admitam que os argumentos da defesa tenham falhas, aliados avaliam que agora há, pelo menos, um discurso para “unir a tropa” fiel a Cunha. (AE)

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