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Ministério Público denuncia sete pessoas por fraude a concurso público em Bento Gonçalves

As investigações foram realizadas pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e pela Promotoria de Justiça de Bento Gonçalves. (foto: MP/Divulgação)

O Ministério Público ofereceu denúncia contra sete pessoas pela fraude no pregão presencial nº 116/2014 da Prefeitura de Bento Gonçalves, relativo ao concurso público para Psicólogo, Engenheiro Químico, Agente Tributário, Farmacêutico, Enfermeiro, Auditor de Tributos Municipais, Assessor Administrativo, Arquiteto, Advogado e outros, realizado em 2015.

As investigações foram realizadas pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e pela Promotoria de Justiça de Bento Gonçalves – que instaurou expediente no âmbito de improbidade administrativa. As investigações são uma continuidade da Operação Cobertura, deflagrada em setembro do ano passado em diversas cidades gaúchas.

Foram denunciados o ex-secretário municipal de Administração, Rafael Paludo; o pregoeiro Álvaro Luis Luvison; o membro da comissão de licitação, Alcir Sbabbo; o sócio da empresa IDRH – Instituto de Desenvolvimento em Recursos Humanos Ltda., Maicon Cristiano de Mello (recolhido na Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro), a esposa dele e cotista da empresa, Francieli Rech; o sócio da empresa Energia Essencial, Rodrigo Melo Ferreira; e o proprietário da empresa Leitura Ótica Ltda, Ernesto Hattge Filho (preso na Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro). Os crimes imputados são organização criminosa, fraude do caráter competitivo de procedimento licitatório e falsidade ideológica.

O promotor de Justiça Especializada Criminal Mauro Rockembach afirmou que o esquema criminoso ocorreu desde a instauração do processo de escolha da empresa que elaboraria as provas até a homologação dos resultados, já que 14 pessoas tiveram seus gabaritos modificados a fim de que atingissem os pontos necessários para a aprovação.

O idealizador da fraude, ex-Secretário Municipal de Administração, tinha como objetivo favorecer parentes, pessoas de suas relações íntimas, amigos e correligionários ligados a partidos. Para chegar a essas conclusões foram analisados mais de 1 milhão de arquivos, em meio físico e digital.

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