O deputado estadual Diógenes Basegio (PDT) foi denunciado pelo MP (Ministério Público) do RS ontem pelos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e concussão. Ele é suspeito de exigir parte do salário de servidores, contratar funcionários fantasmas e fraudar gastos com diárias e combustíveis na Alers (Assembleia Legislativa do RS).
Outras três pessoas também responderão pelos mesmos crimes: o ex-chefe de gabinete do deputado, Neuromar Luiz Gatto, que denunciou o esquema, Álvaro Luís Ambrós e Stela Maris Severgnini de Queiroz. Janaína Ribeiro Silveira e Hedi Nelci Klein Vieira, que seriam funcionárias fantasmas, responderão por peculato.
Os desvios no gabinete de Basegio alcançam valores de 1,4 milhão de reais a 2,4 milhões de reais, durante o último mandato, segundo a denúncia do MP.
A Subcomissão Processante da Comissão de Ética Parlamentar da Alers decidiu ontem, por unanimidade, aprovar a cassação de Basegio. O parlamentar, que acompanhou a análise do relatório com seus advogados, é acusado de quebra de decoro por parte das acusações feitas pelo MP. O processo contra o trabalhista foi iniciado em 8 de junho, depois da veiculação de reportagem, na qual um ex-servidor do gabinete denunciou as irregularidades.
A Comissão de Ética aprovou o prazo de cinco sessões para que a defesa de Basegio apresente as alegações finais. O caso volta a ser analisado no dia 31 deste mês. Caso seja aprovado, o pedido de cassação será remetido à Comissão de Constituição e Justiça, que terá 30 dias para se manifestar e remeter a decisão à Mesa Diretora e ao plenário.
