O MPF (Ministério Público Federal) e a PF (Polícia Federal) estão fechando o cerco ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ao menos seis frentes de apuração criminal. Documentos anexados a essas investigações mostraram o avanço sobre negócios ligados direta ou indiretamente ao petista.
Uma dessas apurações é o PIC (Procedimento Investigatório Criminal), aberto no Distrito Federal, sobre suposto tráfico de influência internacional em favor da empreiteira Odebrecht.
A Operação Zelotes averigua pagamentos recebidos por Luiz Cláudio Lula da Silva, filho do ex-governante, e a suspeita de que Gilberto Carvalho, ex-chefe de Gabinete de Lula, posteriormente ministro da Secretaria-Geral da Presidência na gestão Dilma Rousseff, tenha atuado na movimentação de influência e corrupção com empresas do setor automotivo.
Existe na Operação Lava-Jato a suspeita de que o navio-sonda da Petrobras Vitória 10.000 teria sido entregue para operação da Schahin, sem licitação, por intermediação do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula. Em contrapartida, o banco Schahin saldaria a dívida de 60 milhões de reais da campanha do ex-presidente, em 2006.
A Lava-Jato examina pagamentos de companhias suspeitas à LILS Palestras, Eventos e Publicidade, fundada pelo petista, e ao Instituto Lula, dirigido pelo ex-líder do Sebrae Paulo Okamotto. (AG)