Ícone do site Jornal O Sul

Ministério Público Federal identifica 34.403 beneficiários gaúchos suspeitos de receber irregularmente o Bolsa Família

O Progredir pretende elevar a renda de 1 milhão de famílias. (Foto: Reprodução)

O MPF (Ministério Público Federal) expediu recomendações a 4.703 prefeituras para que realizem visitas domiciliares a mais de 870 mil beneficiários do programa Bolsa Família suspeitos de não cumprir os requisitos econômicos estabelecidos pelo governo federal para recebimento do benefício. Segundo o Raio-X Bolsa Família, projeto de iniciativa do MPF, de 2013 a maio de 2016, os pagamentos a perfis suspeitos de irregularidades totalizam mais de R$ 3,3 bilhões.

No Rio Grande do Sul, o programa pagou aos 729.268 de beneficiários gaúchos R$ 2,4 bilhões. Desse total de beneficiários, 34.403 foram considerados suspeitos. O MPF-RS expediu recomendação para 451 municípios gaúchos para que as prefeituras realizem visitas domiciliares aos beneficiários suspeitos de não cumprir os requisitos exigidos. O valor pago a perfis suspeitos no Estado, foi de R$ 125,6 milhões, sendo R$ 1 milhão pago a beneficiários falecidos; R$ 78,4 mil a doadores de campanhas que doaram valores superiores ao benefício recebido; R$ 235,6 mil a servidores públicos doadores de campanha (independentemente do valor da doação); R$ 97,3 milhões a empresários; e R$ 27 milhões a servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas.

O RS, com 5,04% dos benefícios pagos a perfis suspeitos, ficou na quinta colocação entre os Estados com maior percentual de irregularidades. Apesar disso, é o Ente com maior número de municípios para os quais não foram detectados indícios de irregularidade (com 20 municípios na lista), seguido de Santa Catarina (com seis), São Paulo (com três) e Minas Gerais (com dois).

 

Sair da versão mobile