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Ministério Público Federal investiga se o presidente da Câmara dos Deputados recebeu propina em 13 contas no exterior

Cunha (Foto: ABr)

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é suspeito de ser beneficiário de depósitos em 13 contas bancárias no exterior, sob investigação do STF (Supremo Tribunal Federal). O MPF (Ministério Público Federal) já denunciou o parlamentar pelo recebimento de 5 milhões de reais em quatro contas na Suíça, a partir do esquema de corrupção na Petrobras.

Em outro inquérito, aberto com base em delações e provas apresentadas por colaboradores, a suspeita é de que mais nove contas serviram para depósito de propina oriunda de obras do Porto Maravilha (Rio de Janeiro).

Os delatores dividiram essas contas em dois grupos: cinco delas que tiveram “com certeza” o presidente da Câmara como beneficiário, e outas quatro “com altíssima probabilidade” de ligação ao deputado. O suborno teria abastecido as contas com um valor total equivalente a 17 milhões de reais. Fontes com acesso ao caso acreditam que essas contas não estejam em nome do deputado, mas de terceiros.

O deputado é alvo de três frentes na Operação Lava-Jato. Em uma delas, o Supremo aceitou denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) e o tornou réu de ação penal, por receber propina em contratos de aluguel de navios-sonda. Outra consiste no inquérito sobre as quatro contas na Suíça. Cunha já foi denunciado, e a PGR já pediu que a mulher e a filha sejam investigadas pela Justiça Federal. (AE)

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