Ícone do site Jornal O Sul

Ministério Público pede investigação sobre falta de avião da Força Aérea Brasileira para transplante de coração no Distrito Federal

Um menino de 12 anos morreu em Brasília, 14 dias depois de um órgão ser recusado em razão da indisponibilidade de avião da FAB. (Foto: Reprodução)

O MP-DF (Ministério Público do Distrito Federal) pedirá ao MPF (Ministério Público Federal) investigação sobre a falta de transporte que impediu o transplante de coração em Gabriel, 12 anos, que morreu em Brasília 14 dias depois de um órgão ser recusado em razão da indisponibilidade de avião da FAB (Força Aérea Brasileira).

A Promotoria de Defesa da Saúde elaborou uma nota técnica em que apontou a necessidade de se investigar por que não houve transporte aéreo para o coração ofertado pela Central Nacional de Transplantes. O documento será remetido ao MPF, que tem a competência de apurar assuntos da esfera federal.

Chance perdida
Toda a cadeia que envolve um transplante no Brasil passa pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e por órgãos da administração federal. Isso vale, por exemplo, para a regulação das ofertas, administração das listas de espera e organização logística. A identificação dos voos – ou acionamento da FAB, quando não há linhas aéreas disponíveis na aviação comercial – é uma atribuição da Central Nacional de Transplantes. Os Estados e o DF mantêm as centrais locais de regulação.

Gabriel morreu em Brasília em 14 de janeiro. No dia 1 de janeiro, a Central Nacional fez a oferta de um coração surgido em Pouso Alegre (MG). O menino era o primeiro da lista de espera no DF e não havia qualquer restrição à qualidade do órgão ofertado. A equipe do Instituto de Cardiologia do DF, responsável pelos transplantes em Brasília, nem chegou a embarcar. (AG)

Sair da versão mobile