O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (7) que aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) realizem visitas a ele, que cumpre prisão domiciliar desde o início da semana.
Entre os nomes autorizados estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP-DF), e deputados como Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara dos Deputados.
As visitas devem ocorrer em data previamente estabelecida, entre 10h e 18h, conforme determinado por Moraes. O ministro reforçou que as restrições legais e judiciais impostas ao ex-presidente devem ser integralmente respeitadas.
Lista de autorizados a visitar Bolsonaro:
- Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), governador de São Paulo
- Celina Leão (PP-DF), vice-governadora do Distrito Federal
- Geraldo Junio (PL-MG), deputado federal
- Marcelo Pires Moraes (PL-RS), deputado federal
- Renato De Araújo Corrêa, empresário e presidente do PL em Angra dos Reis (RJ)
- Luciano Lorenzini Zucco (PL-RS), deputado federal e líder da oposição na Câmara
Os aliados formalizaram os pedidos de visita ao Supremo. É o caso de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que solicitou audiência com o ex-presidente.
Prisão domiciliar
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada por Moraes na segunda-feira (4), no âmbito de uma investigação sobre a atuação do ex-presidente e de seus filhos para estimular sanções estrangeiras contra o Brasil.
Em julho, Bolsonaro já havia sido alvo de medidas cautelares, mas o ministro considerou que ele descumpriu as obrigações impostas. Diante disso, além da prisão domiciliar, Moraes proibiu visitas sem autorização judicial e determinou a apreensão de celulares.
Na decisão, o magistrado afirmou que Bolsonaro usou redes sociais de aliados — incluindo seus três filhos parlamentares — para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.
A defesa de Bolsonaro recorreu da decisão na quarta-feira (6), solicitando que Moraes reconsidere a medida. Caso o pedido não seja aceito, os advogados pedem que o caso seja encaminhado com urgência ao plenário físico do STF.