O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, rejeitou o pedido do candidato à Presidência Pablo Marçal (Pros) que tentava impedir seu partido de declarar apoio à chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB).
A decisão é mais um movimento em direção à anulação da candidatura de Marçal. Em 16 de agosto, Moraes já havia decidido que o tempo da propaganda eleitoral gratuita do Pros seria destinado a Lula.
Pablo Marçal ficou conhecido como “coach messiânico” nas redes sociais e ganhou mais repercussão após liderar uma “expedição” na qual 32 pessoas ficaram ilhadas no interior de SP e precisaram ser resgatadas pelo Corpo de Bombeiros.
Marçal também pedia que a validade da convenção que o lançou presidente fosse reconhecida e que a convenção que firmou apoio à Lula fosse anulada.
O empresário foi lançado candidato pela direção anterior, mas uma decisão judicial recolocou Eurípedes Júnior na presidência nacional da legenda. A nova direção decidiu apoiar Lula, enquanto Pablo Marçal insiste em ser candidato pelo partido. O TSE tem até 12 de setembro para analisar o registro das candidaturas.
Segurança das urnas
Após um ano de embates e questionamentos de militares sobre o processo de votação eletrônica, o Ministério da Defesa e a Polícia Federal validaram os sistemas que fazem funcionar as urnas que serão usadas nas eleições deste ano. Representantes das Forças Armadas e da PF participaram de solenidade realizada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para a lacração do sistema eletrônico.
A partir de agora, nenhuma alteração nos programas é permitida, a não ser que todas as entidades fiscalizadoras das eleições se reúnam para reabri-lo. O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que o encontro na sede do TSE mostrou “a segurança, a transparência, a seriedade e a confiança” da Justiça Eleitoral nas eleições de 2022.
“O TSE jogou luz sobre esse procedimento. Uma etapa burocrática das eleições nunca teve audiência tão completa como essa. Isso legitima cada vez mais a Justiça Eleitoral. Isso demonstra que a Justiça Eleitoral atua de forma pública, transparente e que confia nos seus sistemas”, afirmou Moraes. “Não há nada secreto no sistema eleitoral, a única coisa secreta é o voto”, completou.
Além das Forças Armadas e da PF, participaram do evento representantes da Controladoria-geral da União (CGU), do Ministério Público Eleitoral, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Carter Center e da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore). O único partido a participar do procedimento foi o PTB, que na última semana sofreu derrota no TSE ao ter o registro do seu candidato à Presidência, o ex-deputado Roberto Jefferson, rejeitado.