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Ministro da Controladoria-Geral da União depõe nesta terça-feira à CPI da Covid

Wagner Rosário teve audiência marcada depois que a cúpula da comissão apontou omissão do órgão diante de irregularidades no Ministério da Saúde. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A CPI da Covid ouve nesta terça-feira (21) o ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner Rosário. A CGU é um órgão de controle do Executivo e tem, entre as suas atribuições, a prevenção e o combate à corrupção. A convocação de Rosário foi aprovada há mais de três meses, e a oitiva do ministro seguia sem previsão até a semana passada.

Na quarta-feira (15) o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM) passou a defender que Rosário fosse enquadrado no relatório final da comissão por “prevaricação” diante de supostas irregularidades ocorridas no Ministério da Saúde durante a pandemia.

A declaração de Aziz foi feita após Marconny Albernaz de Faria, apontado pela CPI como um lobista que atuava a favor da empresa Precisa Medicamentos junto ao governo federal, confirmar que a CGU cumpriu um mandado de busca e apreensão em sua casa em outubro do ano passado.

Na operação, que também contou com a participação da Polícia Federal, foi apreendido o celular de Marconny. Mensagens trocadas pelo empresário indicam que ele tentou fraudar uma licitação com o apoio de Roberto Dias, à época diretor de Logística do Ministério da Saúde.

Marconny também teria feito indicações para cargos no governo federal – um desses indicados acabou preso preventivamente na mesma operação da qual o empresário foi alvo.

“O Wagner Rosário é um prevaricador. Como é que ele sabia que o Roberto Dias estava operando dentro do ministério e não tomou providência? O senhor Wagner Rosário tem de explicar não são as operações que ele fez — é a omissão dele em relação ao governo federal. O Wagner Rosário, que tinha acesso a essas mensagens desde 27 de outubro, é um prevaricador”, afirmou o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), na semana passada.

Segundo o Código Penal brasileiro, o crime de prevaricação se configura quando um funcionário público “retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”.

Em uma rede social, o ministro se defendeu e afirmou que acusação sem conclusão das apurações é crime de calúnia.

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