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Ministro da Defesa diz que não é possível saber a quantidade de óleo que ainda pode atingir o País

Declaração de Fernando Azevedo e Silva (E) foi uma resposta sobre a fala do presidente Jair Bolsonaro de que o "pior está por vir". (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse nesta segunda-feira (04), que não sabe a quantidade de óleo derramado que poderá atingir o litoral brasileiro. “É uma situação inédita. Esse desastre nunca aconteceu no Brasil e até no mundo. Esse tipo de óleo não é perceptível pelo radar, pelo satélite. Não sabemos a quantidade [de óleo] derramado que está por vir”, afirmou.

A declaração do ministro foi uma resposta sobre declaração do presidente Jair Bolsonaro de que o “pior está por vir”. Azevedo e Silva disse que o governo está “acompanhando a evolução” e avança na investigação sobre responsáveis pelo óleo.

O governo federal anunciou nesta segunda-feira o começo da segunda etapa da Operação “Amazônia Azul – Mar Limpo é Vida”, para conter o avanço do óleo sobre praias do Nordeste. As Forças Armadas devem realizar “ações humanitárias relacionadas ao meio ambiente, cooperação na recuperação de áreas marítimas atingidas e monitoramento das Águas Jurisdicionais do Brasil”, informou a Defesa.

A Polícia Federal aponta navio Bouboulina, de bandeira grega, como “suspeito” pelo derramamento. De acordo com levantamento feito pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), foram recolhidos quase 4 mil toneladas de resíduos de óleo das praias.

Bolsonaro esteve na Defesa nesta segunda-feira para receber informações sobre as investigações. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, não participou da reunião, pois está no Parque Nacional de Abrolhos, na Bahia, área atingida pelo óleo. Azevedo e Silva disse que as ações avançam simultaneamente em três frentes: apuração sobre responsáveis pelo derramamento, identificação das manchas de óleo no mar e contenção de danos nas praias.

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