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Ministro da Defesa nega a existência de leitos ociosos em hospitais militares

A CPMI de 8 de janeiro adiou o depoimento do ex-ministro da Defesa e da Casa Civil. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, negou nesta quinta-feira (29) a existência de leitos ociosos para o tratamento da Covid-19 em hospitais militares no País.

Durante audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, o ministro afirmou que não há sobra de leitos e que a taxa de contaminação de militares pelo coronavírus é maior do que na população em geral.

É exatamente o contrário. Nós não temos disponibilidade [de leitos], nosso índice de contaminação é maior na família militar, que abrange o pessoal da reserva”,  disse o general, sem apresentar os números. “E, curiosamente, o nosso pessoal que estava na linha de frente começou a se contaminar porque não estava prevista a vacinação desse pessoal”, completou.

De acordo com o ministro, a maioria dos hospitais militares está com quase todos os leitos de UTI ocupados. Braga Netto disse ainda que muitos têm removido pacientes para outras regiões para evitar o colapso das unidades.

O fato é que não existem leitos ociosos nos nossos hospitais. Nossos hospitais estão completos. O leito que está vago é justamente do rodízio de quem sai da UTI para entrar quem está pior”, afirmou.

A informação a respeito da ociosidade de leitos em hospitais militares, tanto em enfermarias quanto em UTIs, foi publicada por veículos de comunicação no início deste mês. A questão está sob investigação do TCU (Tribunal de Contas da União), que chegou a determinar a divulgação de informações sobre os leitos destinados a pacientes com Covid-19.

O tema também chegou a ser tratado na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, que aprovou na quarta (28) a convocação do ministro para prestar esclarecimentos sobre a questão.

Forças Armadas

Durante a audiência, o ministro também foi questionado sobre a “politização” das Forças Armadas. Não existe politização nas Forças Armadas. Isso é uma ideia equivocada. Houve uma troca de ministros e por uma questão funcional houve a troca de comandantes. Por uma questão até de antiguidade, os civis normalmente não entendem muito a questão da antiguidade, e para nós, isso é importante”, disse.

“Essa troca foi feita, e as Forças Armadas seguem seguindo a linha da hierarquia, disciplina, defesa da Constituição e da liberdade do povo brasileiro”, acrescentou.

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