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Ministro da Economia diz que está “bastante frustrado” por não ter conseguido vender nenhuma estatal

O ministro sustentou que a PEC traz previsibilidade para o planejamento orçamentário nos próximos 20 anos. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, nesta terça-feira (10), que está “bastante frustrado” por não ter conseguido vender nenhuma empresa estatal em quase dois anos de governo do presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com Guedes, “acordos políticos” no Congresso têm impedido as privatizações. Para superar esse obstáculo, ele avaliou que o governo precisa recompor a sua base parlamentar.

O programa do então candidato à Presidência Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 defendia a venda de estatais. Para 2020, Guedes havia afirmado que pretendia fazer quatro grandes privatizações: Eletrobras, Correios, porto de Santos (SP) e Pré-Sal Petróleo S.A. Faltando dois meses para o fim do ano, porém, nenhuma delas foi a leilão.

Nesta terça, o ministro afirmou que a nova meta é vender essas quatro empresas até o fim de 2021. “Estou bastante frustrado com o fato de a gente estar aqui há dois anos e não ter conseguido vender uma estatal. É bastante frustrante. Até por isso um secretário nosso foi embora, decidiu ir embora”, disse Guedes.

O ministro se referia ao ex-secretário de Desestatização Salim Mattar, que deixou a equipe econômica em agosto deste ano, junto com Paulo Uebel, que comandava a Secretaria de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

Na ocasião, Guedes admitiu que havia uma “debandada” na área econômica devido a dificuldades no avanço das reformas prometidas pelo governo. Segundo o ministro, o secretário Diogo Mac Cord, nomeado para o lugar de Salim Mattar na secretaria que cuida das privatizações, tem “muita determinação e mais juventude”.

“Quem sabe ele aguenta o tranco e vai conseguir entregar mais. Ele só tem que fazer um gol para ganhar, porque, no outro, não fizemos nada”, acrescentou.

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