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Ministro da Justiça troca diretoria de órgão de inteligência após dossiê

Líderes de oito partidos na Câmara e no Senado querem que André Mendonça detalhe elaboração de dossiê sobre mais de 500 servidores. (Foto: Anderson Riedel/PR)

O ministro da Justiça, André Mendonça, anunciou nesta segunda-feira (3), a demissão do diretor de Inteligência da Seopi (Secretaria de Operações Integradas), o coronel reformado do Exército Gilson Libório de Oliveira Mendes. O órgão vinculado à pasta foi responsável por monitorar opositores ao governo.

A troca é feita em meio à abertura, pela corregedoria do Ministério da Justiça, de uma sindicância para apurar a existência de um relatório com informações sobre opositores do governo.

De acordo com o portal Uol, a Seopi elaborou um relatório sigiloso a respeito de mais de 500 servidores públicos da área de segurança identificados como integrantes de movimento antifascismo e opositores do presidente.

Ainda conforme a reportagem, o governo “produziu um dossiê com nomes e, em alguns casos, fotografias e endereços de redes sociais das pessoas monitoradas.”

Na ocasião, o Ministério da Justiça argumentou que a atividade não configura investigação e se concentra exclusivamente na “prevenção da prática de ilícitos e à preservação da segurança das pessoas e do patrimônio público”.

A assessoria de comunicação do Ministério da Justiça informou em nota que Mendonça determinou nesta segunda-feira a instauração de uma sindicância interna para apurar o trabalho da secretaria.

Ainda segundo a nota, a comissão formada foi designada “através da Portaria COGER nº 158/2020 e é composta por um delegado de Polícia Federal, integrante da Corregedoria-Geral do MJSP; um Procurador da Fazenda Nacional e um Auditor Federal de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União”.

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