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Ministro das Relações Exteriores do Brasil diz que operação de Israel na Faixa de Gaza é “ilegal” e “imoral”

Vieira (E) foi recebido pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. (Foto: Divulgação)

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, classificou de “imoral” e “ilegal” a operação de Israel na Faixa de Gaza.

“Vou dizer de forma alta e clara: é ilegal e imoral retirar o acesso das pessoas à comida e à água. É ilegal e imoral atacar operações humanitárias e quem está buscando ajuda. É ilegal e imoral impedir os doentes e feridos de assistência de saúde. É ilegal e imoral destruir hospitais, locais sagrados, cemitérios e abrigos”, disse o chanceler em discurso na Cisjordânia no domingo (17).

Segundo o ministro das Relações Exteriores, a utilização da fome e da sede como armas de guerra representa “punição coletiva”, e o rastro de destruição e de morte na população inocente não será esquecido.

Vieira recebeu, em nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o título de membro honorário do Conselho dos Curadores da Fundação Yasser Arafat.

No domingo, Vieira se reuniu em Ramallah com o chanceler palestino, Riyad al-Maliki, e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, para discutir a guerra na Faixa de Gaza.

Segundo o Itamaraty, Abbas agradeceu o empenho e a amizade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a Palestina. O presidente da Autoridade Palestina também agradeceu a “coragem” de Lula em assumir papel de referência global em defesa dos palestinos na atual crise e o apoio do governo brasileiro à admissão da Palestina como membro pleno da ONU (Organização das Nações Unidas).

Vieira ainda garantiu que o Brasil manterá as contribuições para a agência das Nações Unidas de assistência aos palestinos. A visita do chanceler brasileiro à Cisjordânia é a primeira etapa de uma viagem de cinco dias ao Oriente Médio. Ele também visitará a Jordânia, o Líbano e a Arábia Saudita. Além do conflito em Gaza, o chanceler discutirá temas como cooperação técnica, comércio e investimentos.

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