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Ministro diz que Anvisa recebeu pedido para testar outra vacina brasileira

Em transmissão nas redes sociais esta semana, ministro da Ciência, Marcos Pontes, pediu apoio financeiro ao imunizante contra Covid-19. (Foto: José Dias/PR)

O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, disse na tarde desta sexta-feira (26) que uma candidata a vacina contra a Covid-19 apoiada pelo governo federal solicitou na quinta-feira (25) autorização para testes em voluntários.

O anúncio foi feito horas depois de o governo de São Paulo divulgar que vai pedir à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorização para o início dos testes da Butanvac.

“No meu ponto de vista, não tem nada a ver um ponto com o outro”, disse o ministro da Ciência. “Coincidência, bom para o país”, disse Pontes, sem citar o Butantan ou a Butanvac.

15 protocolos monitorados

Pontes afirmou que o governo federal apoiou 15 protocolos de pesquisa de uma nova vacina contra a Covid-19 e uma delas, desenvolvida no interior de São Paulo, está em estágio mais avançado.

“Três dessas vacinas avançaram nos pré-testes e agora elas estão entrando na fase dos testes clínicos. (…) Uma dessas vacinas já tem o protocolo registrado na Anvisa para testes clínicos”, disse Pontes, que exibiu uma folha de papel para comprovar o pedido.

Segundo Pontes, os desenvolvedores da vacina começaram em 13 de fevereiro a enviar documentos para a Anvisa e, às 13h23 da quinta-feira (25), pediram autorização para testes clínicos fases 1 e 2.

“Versamune”, a candidata da Farmacore, USP e PDS

Segundo o ministro, a candidata a vacina contra a Covid-19 que já solicitou autorização para testes em voluntários é a desenvolvida por empresas do setor em parceria com a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).

O nome do imunizante é Versamune®️-CoV-2FC, e, segundo o governo, a pesquisa é coordenada pelo pesquisador Célio Lopes Silva, da FMRP-USP, em parceria com a empresa brasileira Farmacore Biotecnologia e a PDS Biotechnology Corporation.

Ela utiliza a tecnologia da “proteína recombinante”, a mesma utilizada, por exemplo, nas vacinas de Oxford e na Novavax.

“Os resultados dos estudos não-clínicos (toxicidade e imunogenicidade) obtidos até o momento demonstram qualidade e competitividade para ser um sucesso nacional e global no controle da Covid-19”, informou o Ministério da Ciência, em nota.

“A vacina demonstrou capacidade de ativar todo o sistema imunológico – imunidade humoral, celular e inata, induzir memória imunológica e proteção de longo prazo”, completou o governo federal.

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