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Ministro diz que é preciso aprimorar segurança após ataques ao Superior Tribunal de Justiça e Tribunal Superior Eleitoral

Ministros consideram empenho de Gilmar em prejudicar operação. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), Luiz Fux, disse nesta quarta-feira (18) que é preciso “dar satisfação à sociedade” sobre os ataques cibernéticos ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) e ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) neste mês. Fux sugeriu o aprimoramento da segurança dos sistemas.

“Os avanços têm o seu preço, e nós verificamos que nós precisamos nos aprimorar nessa área da tecnologia”, disse Fux. “Não podemos deixar de reconhecer eventos que ocorreram no STJ, que ficou uma semana parado, e o TSE, que também noticiou que houve problemas na apuração das eleições em decorrência de incidente relativo à área digital”, acrescentou.

As declarações foram dadas na abertura da primeira reunião do Comitê de Segurança Cibernética do Poder Judiciário, grupo criado pelo CNJ na semana passada.

“Diante de todos incidentes que ocorreram, nós estamos aqui tentando nos aperfeiçoar”, disse Fux. O ministro frisou a importância da segurança cibernética diante do objetivo declarado do CNJ de tornar os tribunais 100% digitais num futuro próximo.

Ataques

Em sua fala, Fux fez referência ao atraso ocorrido na totalização dos votos do primeiro turno das eleições municipais, ocorrido no último domingo (18). Segundo o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, o problema ocorreu porque, devido à pandemia do coronavírus, não houve tempo suficiente para testar um novo sistema.

O TSE também informou ter neutralizado, no dia da votação, um ataque que tentou sobrecarregar os sistemas da Justiça Eleitoral. Um outro ataque teria sido sofrido em outubro, quando teriam sido roubados dados referentes a servidores do tribunal. Segundo Barroso, nenhum desses incidentes tem relação com o atraso na apuração dos votos.

Fux também se referiu ao ataque cibernético que em 3 de novembro derrubou todos os sistemas do STJ, que precisou de mais de uma semana para voltar à normalidade. Os julgamentos por videoconferência, retomados apenas na terça-feira (16), ainda apresentaram instabilidade.

A Polícia Federal apura, em inquérito sigiloso, o alcance da invasão e se houve cópia de processos em segredo de Justiça.

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