O ministro Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), negou nesta quarta-feira o pedido de liberdade feito pela defesa do empresário José Carlos Bumlai. Ele foi preso em um hotel em Brasília na última semana pela Operação Lava-Jato. No mesmo dia, foi levado para a à sede da PF (Polícia Federal), em Curitiba (PR).
O argumento dos advogados de Bumlai no pedido de habeas corpus foi de que o pecuarista se colocou à disposição da Justiça para prestar esclarecimentos e que não haveria risco de ele obstruir a coleta de provas. O pedido de liberdade do empresário ainda será julgado pela 5 Turma do STJ, formada por cinco ministros, mas a sessão ainda não tem data.
Segundo o MPF (Ministério Público Federal), Bumlai usou contratos da Petrobras para quitar empréstimos no banco Schahin. O dinheiro era destinado ao PT (Partido dos Trabalhadores), conforme o procurador do MPF Diogo Castor de Mattos.
O principal empréstimo investigado é de 12 milhões de reais, cujo valor foi elevado a 21 milhões de reais devido aos acréscimos. A dívida foi perdoada e a irregularidade foi mascarada com uma falsa quitação no valor inicial do empréstimo. (AG)