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Ministro do Supremo Alexandre de Moraes determina depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal sobre reunião com senador Marcos do Val

Investigação apura a reunião entre Bolsonaro e o senador Marcos do Val sobre supostas tratativas de um golpe de Estado. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vai prestar depoimento à Polícia Federal por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).  O ex-deputado Daniel Silveira também deverá ser ouvido. A data será marcada pela corporação.

A oitiva será realizada no âmbito dos desdobramentos da investigação que apura a reunião entre Bolsonaro e o senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre supostas tratativas de um golpe de Estado.

A Polícia Federal cumpriu na quinta-feira (15) três mandados de busca e apreensão em todos os endereços do senador. Ele é investigado por obstruir investigações sobre os atos realizados em 8 de janeiro.

Os mandados foram expedidos por Alexandre de Moraes e cumpridos em Brasília e Vitória (ES). Os agentes apreenderam materiais como computadores, pen drives e o celular do senador.

Em fevereiro, Moraes determinou abertura de investigação para apurar as declarações do senador de que teria recebido uma proposta para participar de um golpe.

A investigação foi aberta após o senador declarar que a reunião com Bolsonaro e Silveira tinha como objetivo induzir o ministro do Supremo a ”reconhecer” que ultrapassou as quatro linhas da Constituição com o ex-presidente da República.

Em 2 de fevereiro, em entrevista à revista Veja, o senador disse que foi “extorquido” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a participar de uma trama golpista na qual ele grampearia Moraes motivando um pedido ilegal de prisão do ministro para interferir no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e no resultado das eleições de outubro.

No mesmo dia, ele afirmou que o ex-deputado federal Daniel Silveira o levou à reunião para tratar sobre um golpe de Estado. Do Val também citou que avisou o ministro Alexandre de Moraes sobre o plano. Nessa entrevista, ele afirmou não ter sido coagido por Bolsonaro, que teria ficado calado durante a reunião.

 

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