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Ministro do Supremo Celso de Mello já assistiu à íntegra de vídeo de reunião ministerial envolvendo Bolsonaro e Sérgio Moro

Ministro do Supremo deve decidir até o fim de semana sobre siligo do material. (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Celso de Mello, do STF (Supremo Tribunal Federal), assistiu na noite de segunda-feira (18) à íntegra da gravação da reunião ministerial do dia 22 de abril. A reunião foi mencionada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro como prova de que o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na PF (Polícia Federal).

Um inquérito foi aberto pelo STF, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), para investigar as acusações de Moro. Bolsonaro nega ter interferido na corporação. Após assistir o material, o ministro trabalha na decisão sobre o levantamento do sigilo – parcial ou total – do vídeo. O Supremo informou na segunda-feira que a determinação do ministro deve sair até o fim de semana.

Nesta segunda-feira, por videoconferência, o ministro foi atualizado pela delegada Christiane Correa Machado sobre os desdobramentos e os rumos das investigações. Além da expectativa em torno da divulgação do vídeo, nesta terça-feira (19) começa uma nova fase de depoimentos no inquérito quando será ouvido o delegado Claudio Ferreira Gomes, diretor de Inteligência da Polícia Federal.

Nesta quarta-feira (20), serão ouvidos o superintendente da PF em Minas Gerais, Cairo Costa Duarte; Rodrigo Morais, delegado que comandou as investigações sobre o atentado sofrido pelo então candidato Jair Bolsonaro.

O recém-nomeado diretor-executivo da PF e ex-superintendente da corporação no Rio de Janeiro, Carlos Henrique Oliveira, também será ouvido nesta quarta. Ele já prestou depoimento na semana passada, mas pediu para ser ouvido novamente.

A reunião ministerial citada por Moro teve a participação do presidente Jair Bolsonaro, do vice, Hamilton Mourão, Moro e outros ministros. Ao todo, teriam participado 25 autoridades.

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