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Ministro do Supremo, Dias Toffoli ordena buscas na Vara Federal de Curitiba, que cuidou da Operação Lava-Jato

A diligência foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF). (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

Agentes da Polícia Federal (PF) foram mobilizados na manhã dessa quarta-feira (3) para o cumprimento, na 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), onde se originou a Lava-Jato, de mandado de busca e apreensão de documentos ligados a casos anteriores à operação.

A diligência foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é relator de uma investigação sobre supostas irregularidades na condução de casos criminais pela Justiça Federal do Paraná. Um dos alvos é o senador Sérgio Moro (União-PR), antigo juiz titular da vara responsável pela Lava Jato.

A ordem é para que sejam recolhidos documentos insistentemente solicitados pelo Supremo, mas que ainda não foram encaminhados.

Inquérito

O inquérito sigiloso foi aberto no ano passado a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), após apurações da Polícia Federal (PF) terem apontado a necessidade de aprofundar as investigações sobre declarações do empresário e ex-deputado estadual do Paraná Antônio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia.

O caso remonta a um acordo de colaboração premiada firmado em 2004 por Garcia, após ele ser preso pela PF sob a acusação de gestão fraudulenta do Consórcio Nacional Garibaldi, em processo anterior à Lava Jato. Ele acusa Moro de intimidá-lo a gravar investigados e “trabalhar” para obter provas contra políticos e outras figuras proeminentes.

Em nota enviada à Agência Brasil, Moro afirmou que as buscas desta quarta “apenas confirmarão que os relatos de Tony Garcia são mentirosos”. O parlamentar disse que “não tem qualquer preocupação com o amplo acesso pelo STF aos processos que atuou como juiz”.

“Não houve qualquer irregularidade no processo de quase 20 anos atrás que levou à condenação de Tony Garcia por ter se apropriado de recursos de consorciados do Consórcio Garibaldi”, diz o texto.

Moro defende que o Supremo não tem competência para julgar o caso, uma vez que os fatos investigados não têm relação com sua atividade parlamentar ou como ministro da Justiça.

A Justiça Federal do Paraná disse que não vai se manifestar. As informações são da Agência Brasil.

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