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Ministro do Supremo manda investigar planilhas de doações da Odebrecht a políticos

Teori (foto) decidiu devolver ao juiz Sérgio Moro duas investigações que haviam sido remetidas ao Supremo (Foto: Dida Sampaio/AE)

O ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a abertura de procedimento para uma apuração preliminar sobre planilhas apreendidas na Operação Lava-Jato que mostram doações feitas pelo grupo Odebrecht a cerca de 300 políticos com e sem foro privilegiado de diversos partidos.

Agora, o material será analisado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que decidirá se pede ou não a abertura de inquéritos sobre políticos mencionados na lista. Os documentos foram apreendidos na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Junior, que foi preso na 23ª fase da Lava-Jato, batizada de Acarajé. O principal alvo dessa etapa foi o marqueteiro João Santana, que trabalhou para o PT, e a mulher dele e sócia, Mônica Moura.

O ministro também decidiu devolver ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava-Jato na primeira instância, duas investigações que haviam sido remetidas ao Supremo em razão das planilhas que citam políticos com foro: os processos da Acarajé e da 26ª fase, chamada de Xepa – que teve como foco a descoberta do “Setor de Operações Estruturadas”, um departamento exclusivo dentro da empreiteira para o gerenciamento e pagamento de propina.

Teori manteve ainda todos os atos praticados pelo juiz federal nessas operações, incluindo as prisões de João Santana, de Mônica Moura e de outros suspeitos. (AG)

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