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Ministro do Supremo autoriza o acesso da Operação Lava-Jato ao registro de visitas ao gabinete do senador Romero Jucá

O Senador Romero Jucá (PMDB-RR). (Foto: Reprodução)

O ministro relator da Operação Lava-Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), Edson Fachin, autorizou que os investigadores da operação tenham acesso aos registros de ingresso no gabinete do senador Romero Jucá (PMDB-RR) – um dos parlamentares investigados e citado nas delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. O objetivo é verificar se o senador recebeu representantes da empresa.

Delatores afirmam que Jucá recebeu dinheiro para alterar medidas provisórias de interesse da Odebrecht. Ele é alvo de cinco inquéritos autorizados por Fachin.

O senador Romero Jucá afirmou que recebia demandas de diversos setores e que emendas só eram acatadas se houvesse autorização da equipe econômica do governo. À rádio CBN, o líder do governo do Senado afirmou que defende as investigações e que os depoimentos do ex-executivos da empreiteira podem ser “ficções”.

A Procuradoria-Geral da República pediu “a obtenção de eventuais registros de ingresso dos executivos aqui citados – Cláudio Melo Filho e José Carvalho Filho –, no Congresso Nacional, e mais especificamente no gabinete do senador Romero Jucá, durante o período nos quais ocorridos os fatos objetos das investigações” – e o ministro Fachin autorizou.

Cláudio Melo Filho e José Carvalho Filho são alguns dos delatores da empresa. Carvalho Filho disse que a Odebrecht chegou a pagar R$ 9 milhões a Jucá para alterar e aprovar medidas provisórias de interesse da empresa.

Marcelo Odebrecht, ex-presidente da companhia e também delator, afirmou que Jucá e o ex-presidente da Câmara e deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) coordenavam alterações em MPs no Congresso. (AG)

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