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Ministros do Supremo mantêm prisão de senador petista por unanimidade

O STF decidiu prender o senador baseado em uma gravação feita por Bernardo Cerveró, filho do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Ao confirmarem a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) fizeram duros discursos contra práticas criminosas por agentes públicos, sustentaram que a imunidade parlamentar não representa impunidade e, em tom de aviso, apontaram que os criminosos não passarão sobre a Justiça e as instituições.

A prisão de Delcídio, do banqueiro André Esteves, e de mais duas pessoas foi determinada pelo ministro Teori Zvascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo. Ele é o primeiro senador preso desde 1988. Diante do peso da decisão, Teori levou o caso para a Segunda Turma do STF avaliar a liminar (decisão provisória), que foi mantida por unanimidade.

Vice-presidente do Supremo, a ministra Cármen Lúcia puxou os discursos mais críticos a atos criminosos praticados por políticos. Em uma referência ao mote da campanha que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto em 2006, ela afirmou que com o mensalão o cinismo venceu a esperança, mas apontou que o crime não vai vencer a Justiça.

Ministro mais antigo do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello reforçou o discurso. “A imunidade parlamentar não é manto protetor de suposto comportamento criminoso.” Ele ainda declarou que a ordem jurídica não pode permanecer indiferente a condutas acintosas de membros do Congresso Nacional. (Folhapress)

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