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O ator Caio Junqueira morreu aos 42 anos após um grave acidente de carro

O artista interpretou Neto no filme "Tropa de Elite", de 2007. (Foto: Reprodução)

O ator Caio Junqueira, do filme “Tropa de Elite”, morreu nesta quarta-feira (23), no Rio de Janeiro, aos 42 anos. Ele havia sofrido um acidente de carro no Aterro do Flamengo, na capital fluminense, no dia 16 deste mês e, desde então, estava internado no Hospital Miguel Couto. O ator faleceu às 5h15min.

No momento do acidente, ele dirigia sozinho em direção ao Centro do Rio quando perdeu o controle do carro, que subiu o meio-fio, bateu em uma árvore e capotou. Caio ficou preso dentro do veículo, desacordado, e foi retirado com uma fratura exposta.

O ator estava internado na unidade coronariana desde que chegou ao Miguel Couto. Entre os ferimentos, Cairo Junqueira sofreu um trauma grave no tórax e perdeu muito sangue. O ator passou por cirurgias, como uma na mão direita, e apresentava febre. No sábado (19), a mãe do ator contou que, mesmo sedado, ele abriu os olhos e tentou se levantar da cama. “Isso mostra que ele está querendo lutar pela vida”, disse.

Trajetória

O ator Caio Junqueira iniciou a carreira ainda criança e deixou um legado profissional extenso. Ao todo, ele participou de mais de 20 produções televisivas, além de dez curtas e pelo menos 15 longas. O artista nasceu no Rio de Janeiro, em 20 de novembro de 1976. Filho do ator Fábio Junqueira, ele é irmão por parte de mãe do também ator Jonas Torres.

Caio iniciou a carreira no teatro em 1984, aos 7 anos de idade. No ano seguinte, fez sua estreia televisiva ao lado de Diogo Vilela e Zezé Polessa no seriado “Tamanho família”, da extinta TV Manchete. Naquele mesmo ano, também estreou no cinema, no filme “Com licença, eu vou à luta”, de Lui Faria.

O primeiro trabalho na TV Globo se deu em um episódio do seriado “Armação ilimitada”, de Guel Arraes, ao lado do irmão Jonas. A partir daí, ele fez várias séries e novelas na emissora. “Desejo”, “A viagem”, “Engraçadinha, seus amores e seus pecados”, “Hilda Furacão”, “O clone”, “Um anjo caiu do céu”, “O quinto dos infernos” e “Chiquinha Gonzaga” estão entre seus principais trabalhos.

Caio sempre deu grande atenção ao cinema – foram 10 participações em curtas e pelo menos 15 longas. Em 1996, ele venceu o prêmio de ator revelação do Festival de Cinema de Gramado pela participação no filme “Buena sorte”, de Tania Lamarca.

O ator fez parte do elenco de “Zuzu Angel” e “Quase nada”, de Sérgio Rezende, “For all – O trampolim da vitória”, de Buza Ferraz e Luiz Carlos Lacerda, “O que é isso, companheiro?”, de Bruno Barreto, além de “Abril despedaçado” e “Central do Brasil”, ambos assinados por Walter Salles.

No entanto, não há dúvidas de que seu personagem mais marcante junto ao público foi o aspirante Neto, oficial recém-formado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, no filme “Tropa de Elite”, de José Padilha.

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