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Morre aos 83 anos José Mojica Marins, o Zé do Caixão

José Mojica Marins morreu ao 83 anos, em São Paulo. (Foto: Arquivo/TV Brasil)

Morreu nesta quarta-feira (19) em São Paulo o cineasta José Mojica Marins, ao 83 anos, em São Paulo. Conhecido como o Zé do Caixão, ele estava internado no hospital Sancta Maggiore devido a uma broncopneumonia. Sua morte foi confirmada pela sua filha Liz Marin – em 2017 uma falsa notícia sobre sua morte chegou a ser divulgada e o cineasta precisou desmentir.

Registrado como nascido em uma sexta-feira 13, Mojica é considerado um dos mestres do terror mundial. No início, sua obra foi desprezada pela crítica brasileira.

O apelido “Zé do Caixão” nasceu com seu personagem mais famoso, originado de um pesadelo do cineasta. O personagem era um agente funcionário sádico que aterrorizava uma pequena cidade, desejoso de ser pai de uma criança perfeita. Para isso, precisava encontrar uma mulher tão perfeita quanto. Para isso, estava disposto a matar quem cruzasse o seu caminho.

O personagem apareceu pela primeira vez em 1964, em “À Meia-Noite Levarei Sua Alma”. Sucesso de bilheteria, o filme permitiu não só que o diretor pagasse dívidas como o tornou um dos mais nomes mais conhecidos do segmento. A continuação veio dois anos depois, com “Esta Noite Encarnarei seu Cadáver”.

Em 1968, Mojica dirige “O Estranho Mundo de Zé do Caixão”. O filme combina três contos, sobre um fabricante de boneca cujas criações são assustadoramente humanas, um homem necrófilo, e um pesquisador que prova que o amor está morto. Mas seu personagem mais famoso não participa de nenhum deles.

O último trabalho de Mojica na direção foi em “Memórias da Boca” (2015), com episódios de vários realizadores. Na mesma época, foi visto atuando em “Entrando numa roubada”, de André Moraes, estrelado por Deborah Secco. Nos últimos anos, vivia recluso em São Paulo, já com a saúde debilitada.

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