A menina Dorys Lucy Vidal, de 12 anos, primeira criança a receber um coração no HCM (Hospital da Criança e Maternidade) de São José Rio Preto (SP), morreu na madrugada de segunda-feira (16). Ela havia recebido o órgão de uma menina de 15 anos, há 59 dias.
De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, Dorys morreu em decorrência de infecção generalizada. O cirurgião cardíaco Ulisses Croti, que realizou o transplante, diz que todas as pessoas que passam por transplante estão sujeitas a esta consequência. “Para evitar a rejeição do órgão, o paciente tem que receber imunodepressores, que diminuem a resistência do organismo. Por isso, infelizmente, o paciente fica sujeito a infecções, o que ocorreu com Dorys”, explica.
A assessoria de imprensa informa ainda que quando a menina recebeu o coração corria grande risco de morrer porque estava com o quadro de saúde bastante grave devido à miocardiopatia dilatada, descoberta em dezembro do ano passado.
Segundo o médico, a miocardiopatia dilatada é o aumento do coração, que compromete o funcionamento do órgão e a capacidade de bombeamento do sangue para todo o organismo. “O coração de Dorys tinha uma capacidade de bombeamento de apenas 10%, quando o normal é entre 65% e 75%”, disse Croti. (AG)
