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Mortalidade por câncer de mama cai 8,9% no Rio Grande do Sul em um ano

No entanto, o Estado registra a terceira maior incidência da doença no País, com 4.842 novos casos. (Foto: Divulgação)

O Rio Grande do Sul apresentou no último ano uma queda de 8,9% nos óbitos de mulheres por câncer de mama. A estatística consta em Boletim Epidemiológico divulgado nessa sexta-feira (17) pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) como parte das ações do Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.

Apesar dos dados positivos, o Estado registra a terceira maior incidência da doença no País, com 4.842 novos casos. Foram 1.399 falecimentos em 2024 contra 1.536 de 2023.

No total de casos da doença, o Rio Grande do Sul aparece atrás de São Paulo (14.327) e Minas Gerais (6.575). De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram 1.122 casos a mais do que a média de 3.720 esperados para o triênio 2023-2025 no Estado, uma diferença de 30%.

Por sua vez, o resultado dos óbitos, de 24,2 por 100 mil mulheres, ficou abaixo da previsão para o ano passado (25,4 por 100 mil mulheres) – foram 137 mortes a menos do que o previsto. O número é inferior também aos registros de 2022 (24,8) e de 2023 (26,5). Também houve reversão na alta dos óbitos registrada em 2023 (1.536) em relação a 2022 (1.435).

O resultado, no entanto, varia conforme o critério raça/cor. Entre a população branca, foram 27,86 óbitos de mulheres por 100 mil, ficando acima da meta estadual e do resultado geral. A taxa entre mulheres pardas foi de 10,02 por 100 mil e pretas, de 20,37 por 100 mil.

Comparando o ano de 2023 a 2024, houve queda de 2,97 pontos percentuais (de 30,83 para 27,86) na taxa de mortalidade da população branca, enquanto na população parda houve aumento de 1,02 (de 9 para 10,02). Na população negra, ocorreu queda de 2,48 (de 22,85 para 20,37).

Com a maior população feminina do Estado, Porto Alegre concentra o maior número de casos registrados, com uma incidência de 82 novos casos por 100 mil mulheres. A maior taxa de incidência, contudo, foi no município de Guabiju, na Serra, com 571,43 por 100 mil. Já no caso da mortalidade por câncer de mama, Vista Alegre do Prata (257,07 por 100 mil), São Domingos do Sul (214,9) e Chapada (201,33) têm as maiores taxas.

O câncer

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais na mama, formando um tumor. Excluído o câncer de pele não melanoma, é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo, sendo também uma das principais causas de mortalidade na população feminina do Estado. O diagnóstico e o tratamento precoces, no entanto, aumentam as chances de cura e de sobrevivência.

Conforme o Ministério da Saúde, o sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são:

– Edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja;
– Retração cutânea;
– Dor;
– Inversão do mamilo;
– Hiperemia;
– Descamação ou ulceração do mamilo;
– Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.

A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila. Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados, porém podem estar relacionados a doenças benignas da mama. A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, que significa conhecer o que é normal em seu corpo e quais as alterações consideradas suspeitas de câncer de mama, é fundamental para a detecção precoce dessa doença.

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