Ícone do site Jornal O Sul

Morte de Umberto Eco comove a Itália

Eco era uma das figuras mais relevantes da cultura mundial dos últimos 50 anos. (Foto: Reprodução)

Morreu, na noite de sexta-feira, o escritor, pensador e filósofo italiano Umberto Eco, uma das figuras mais relevantes da cultura mundial dos últimos 50 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas, segundo a agência de notícias France Presse, ele tinha câncer.

Eco era mais popular do que se imagina, ainda que fosse um dos estudiosos mais eruditos do mundo. Ao longo de seus 84 anos, leu e se interessou por tudo que fosse escrito ou falado. A ele é reconhecida a conquista de ter trazido a filosofia para a cultura de massa.

Eco foi escritor, filólogo, jornalista, ensaísta, filósofo, historiador, professor e crítico de grande ironia. “O Nome da Rosa”, do ano de 1980, foi um sucesso mundial e ao mesmo tempo representou a sua condenação. Porque a cada livro que escrevia, dele era exigido um novo “O Nome da Rosa”.

Considerado um dos analistas mais lúcidos da história contemporânea, foi a Idade Média que ele amou verdadeiramente. A ela Umberto Eco dedicou décadas do seu tempo, analisando símbolos, textos e livros raros, os quais colecionava.

No seu último livro, “Número Zero”, ambientado na Itália dos anos de 1990 e em uma redação de jornal, Eco tratou dos complôs reais da política italiana. Para jornais e revistas, escreveu artigos antológicos sobre os políticos, desde o pós-guerra, a Silvio Berlusconi e ao Bunga-Bunga. Sua morte comoveu o a Itália. O presidente da república, Sergio Matarella, declarou à imprensa que sente uma imensa dor. O primeiro ministro Matteo Renzi declarou que Eco unia uma inteligência única do passado a uma incansável capacidade de antecipar o futuro.

Sair da versão mobile