A Espanha está em alarme há semana, o que significa que os cidadãos só podem comprar bens essenciais, acompanhar pessoas dependentes ou ir trabalhar, para aqueles que não podem fazê-lo em casa. O estado de alarme permanece em princípio por mais uma semana, embora o governo de Pedro Sánchez tenha avisado que provavelmente terá que ser prolongado.
O Ministério da Saúde da Espanha anunciou 324 novas mortes por coronavírus, elevando o número total de mortes para 1.326 e o número de infectados atingindo 25 mil. O número de mortos aumentou 32,3% em um dia, uma taxa semelhante à de sexta-feira, quando a barreira de 1.000 falecidos foi ultrapassada. O número oficial de casos acumulados (24.926) é 24,75% superior ao indicado na sexta-feira.
Segundo o Ministério da Saúde, existem 2.125 pacientes que foram curados. Atualmente, a Espanha é o terceiro país do mundo com mais casos relatados de coronavírus, atrás apenas da China e da Itália, mas os números dependem dos métodos e da capacidade de cada país para realizar testes. A região mais atingida é Madri, onde vivem 6,5 milhões de pessoas e 35,8% dos casos estão concentrados.
A situação sobrecarregou algumas unidades de terapia intensiva em Madri e na Catalunha, a segunda região mais afetada. Profissionais de saúde relatam uma falta premente de material de proteção individual (luvas ou máscaras) e uma redução preocupante na equipe devido a infecções na categoria.
Países endurecem medidas
Bares, restaurantes, teatros e cinemas das cidades norte-americanas de Nova York e Los Angeles e de outras cidades globais estão fechando para combater a pandemia de coronavírus, enquanto países reforçaram as fronteiras e bancos centrais de todo o mundo adotaram medidas agressivas para amenizar o impacto econômico da doença.
O Federal Reserve dos Estados Unidos cortou as taxas de juros para quase zero pela segunda vez em menos de duas semanas, e outros BCs seguiram o exemplo, mas os mercados de ações continuaram a despencar e o dólar no exterior recuava diante do iene.
Os principais mercados de ações europeus caíam para seu menor nível desde 2012 na segunda-feira (16), já que os investidores continua preocupados com a ameaça à economia global, e os futuros de Wall Street para o índice S&P 500 atingiram seu limite de baixa, levando a crer que Wall Street deve seguir o mesmo caminho.
“Muitas crianças acham assustador”, disse a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, em uma coletiva de imprensa em seu escritório dedicada a responder perguntas das crianças sobre a pandemia.
“Não tem problema ficar assustado quando tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo”, acrescentou.
Líderes dos países do G7 se reuniram ontem em videoconferência para debater uma ação conjunta contra o surto do coronavírus.
Vários países proibiram aglomerações, como eventos esportivos, culturais e religiosos, para combater a doença que já infectou mais de 169 mil pessoas mundialmente e matou mais de 6.500.
O vírus foi identificado na cidade chinesa de Wuhan em dezembro, mas agora existem mais casos e mais mortes fora da China continental do que dentro.
