Nas últimas 24h, a Itália registrou uma alta de 57% no número de mortes pelo novo coronavírus. Neste domingo (08), o país contabiliza 7.375 casos confirmados e 366 mortes – o número estava em 233 mortes no sábado (07).
Com isso, o governo italiano tomou uma medida drástica para tentar conter a propagação do Sars-CoV-2 no país, que é o mais afetado na Europa. O primeiro-ministro Giuseppe Conte assinou um decreto que determina uma quarentena em parte da Itália e também o fechamento de cinemas, teatros e museus até o dia 3 de abril. As medidas afetam 16 milhões de pessoas e ao menos 16 províncias vizinhas.
A imposição de restrições implica um sacrifício econômico no curto prazo em uma tentativa de evitar uma epidemia mais severa. Os deslocamentos para entrar e sair dessas regiões do país serão estritamente limitados durante a quarentena, segundo o projeto citado pelos jornais, entre eles “Il Corriere della Sera” e “La Repubblica”.
As autoridades afirmaram que será preciso dar uma permissão específica para sair das áreas em isolamento para emergências familiares ou de trabalho. A polícia vai parar os viajantes para verificar se eles têm motivo para atravessar os bloqueios.
Ainda de acordo com a imprensa, entre as medidas estão suspensão de aulas e eventos esportivos, exceto os profissionais, além de restrições de aglomerações em locais religiosos e restaurantes. Velórios também estão suspensos. Os meios de comunicação dizem ainda que o isolamento deve afetar um quarto da população do país. O decreto ordena ainda o fechamento de cinemas, teatros e museus em todo o país.
Surto na Itália
A Itália é o país europeu mais atingido pela atual onda da epidemia e o terceiro em nível mundial. O contágio veio à tona há mais de duas semanas e concentra-se em um punhado de locais no norte da Itália, mas agora foram confirmados casos em cada uma das 20 regiões do país, com mortes registradas em oito delas.
