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Moscou sai do confinamento enquanto pandemia avança na América Latina

Moscou iniciou a flexibilização do confinamento, seguindo a tendência registrada em boa parte da Europa e da Ásia. (Foto: Reprodução)

Moscou iniciou nesta terça-feira (09) a flexibilização do confinamento, seguindo a tendência registrada em boa parte da Europa e da Ásia, apesar da advertência da OMS (Organização Mundial da Saúde) de que a pandemia “piora” no mundo, sobretudo na América Latina, que supera 67.000 mortos.

Enquanto grande parte do mundo se prepara para o “novo normal”, a incidência da pandemia, que provocou mais de sete milhões de casos e 406.000 mortes no planeta, se agrava no sul da Ásia e na América Latina, o que levou a OMS a fazer um apelo para que os países não baixem a guarda.

O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que “a maior ameaça é a autocomplacência” nas áreas onde a situação parece melhorar. Ele afirmou que 75% dos novos casos registrados no domingo se concentram em 10 países, sobretudo das Américas e do sul da Ásia.

Na América Latina, novo epicentro do vírus com mais de 1,3 milhão de casos e mais de 67.000 mortes, vários países começaram a flexibilizar as restrições, com a esperança de estimular a economia.

No Brasil, terceiro país do mundo em número de mortes, com 37.134, depois dos Estados Unidos (111.007) e Reino Unido (40.597), o governador do Rio de Janeiro autorizou a flexibilização das medidas de quarentena, mas a medida foi parcialmente suspensa pela Justiça.

Depois de ser acusado de tentativa de manipular o balanço de vítimas, o governo do presidente Jair Bolsonaro anunciou na segunda-feira que priorizará a divulgação do número de mortes do dia com diagnóstico de Covid-19, mas que na internet será possível consultar “quantas mortes foram notificadas” a cada dia e a data.

No México, segundo país mais afetado da região, com quase 13.700 mortes, o presidente Andrés Manuel López Obrador descartou a possibilidade de fazer um exame para Covid-19, apesar de um funcionário de seu entorno ter apresentado resultado positivo para o vírus.

Nas últimas horas, Cuba recebeu como heróis quase 50 profissionais da saúde que retornaram de uma missão de dois meses na Lombardia, a região italiana mais afetada pela pandemia, que deixou quase 34.000 mortos no país europeu.

“Encontramos um hospital completamente lotado, com pacientes inclusive nos corredores, quase todos os pacientes com respiração assistida, uma grande quantidade de falecidos, as ambulâncias passando constantemente e todas as ruas desoladas”, comentou ainda no aeroporto Roberto Arias, médico de 28 anos, que, assim como os companheiros, recebeu uma rosa e uma medalha.

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