Falta pouco para os fãs de Lady Gaga assistirem ao show da cantora que acontece no próximo sábado (3), na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. A artista está hospedada no hotel Copacabana Palace à espera da apresentação que promete ser a maior da sua carreira.
Este é o segundo show que a diva pop faz no país, após um hiato de 13 anos, quando se apresentou pela primeira vez com a turnê “Born This Way Ball”.
Desta vez, a prefeitura do Rio espera atrair 1,6 milhões de pessoas para o evento, reunindo nas areias de Copacabana os “little monsters” de diversos lugares do Brasil. Em tradução literal, “monstrinhos” é a forma como os fãs são carinhosamente tratados desde 2009 pela cantora americana.
Foi com esse apelido, aliás, que Lady Gaga se dirigiu aos fãs brasileiros no X (antigo Twitter) em fevereiro, ao anunciar sua vinda para o país. “É uma grande honra ser convidada para cantar para o Rio – durante toda a minha carreira, os fãs no Brasil têm sido parte da força vital dos ‘little monsters”, publicou a artista.
Por que little monsters?
A expressão surgiu com o segundo álbum da cantora americana, “The Fame Monster”, cujo tema é uma “representação de seus medos internos, com músicas que correspondem ao temor de monstros como o da morte, do álcool, do sufoco e do amor”, segundo afirma Thainá Almeida, colaboradora do RDT Lady Gaga, maior fă clube da cantora na América Latina.
Essa temática mais “obscura” do disco foi o ponto de partida para o apelido, e, como muitos fãs se sentiam deslocados e até excluídos socialmente, houve uma subversão de sentido da palavra “monster” pela artista.
“Ela passou a chamar os fãs de ‘little monsters’ de forma carinhosa, como um acolhimento. A palavra ‘monster’ passou a ter uma conotação diferente para a fanbase no lugar de um significado negativo, que seria ‘monstro’, começou uma demonstração mútua de carinho entre ela e os fãs”, explica Daniel Corzo, tradutor do RDT Lady Gaga.
Mother Monster
Em resposta ao tratamento da diva pop, os “little monsters” passaram a chamá-la de “mother monster”, também como um sinal de demonstração de carinho e admiração. Afinal, como os fãs são seus “monstrinhos”, Lady Gaga é considerada a criadora deles, a mãe do grupo.
“A relação dela com os fãs é muito sincera e carinhosa. Desde o início da carreira, ela demonstra uma enorme gratidão pelo apoio e faz questão de demonstrar isso sempre que pode. O fato de ela sempre ter demonstrado ser diferente trouxe uma sensação de acolhimento para todos nós, e o constante reconhecimento em relação ao amor dos fãs fez com que a lealdade crescesse cada vez mais com o tempo”, afirma Daniel Corzco.
De acordo com Thaina Almeida, do DRT Lady Gaga, o apelido foi dado pela primeira vez por um fă em Chicago, durante a turnê “The Born This Way Bal”. O apego da cantora ao apelido foi imediato e ela chegou até a utilizá-lo em sua bio no antigo Twitter (hoje, X).
O símbolo de ligação entre os “little monsters” e a “mother monster” é o “paws up”, uma mão que se transforma em uma pata de monstro, em uma espécie de “garra”. Lady Garra tem o desenho tatuado no lado esquerdo do corpo e o apelido “mother monster” no tórax.