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Movimento Brasil Livre e Vem Pra Rua convocam ato pelo impeachment e como alternativa ao protagonismo da esquerda

Renan dos Santos é alvo do Ministério Público por suspeita de lavagem de dinheiro. (Foto: YouTube/Reprodução)

Os grupos Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, que convocaram as manifestações contra Dilma Rousseff em 2016 e reuniram milhares de pessoas contra a petista, se organizam para voltar às ruas em setembro, desta vez pelo impeachment de Jair Bolsonaro. A ação conjunta é uma tentativa de pressionar pelo o impedimento do presidente, evitando que somente os grupos de esquerda sejam protagonistas neste processo. Sindicatos e partidos como PSOL, PT e PCO já têm promovido manifestações pelo País.

No cálculo para iniciar o movimento está tanto buscar a saída imediata do presidente que “incorreu em vários crimes de responsabilidade”, segundo afirma a advogada Luciana Alberto, porta-voz do Vem Pra Rua, quanto a avaliação de que, caso o impeachment se consolide, a rivalidade direta entre o presidente e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva possa se arrefecer. “O Lula se beneficia da candidatura do Bolsonaro”, diz Renan Santos, um dos coordenadores do MBL – para quem os protestos, até aqui, são também atos de pré-campanha do líder petista.

Renan afirma que o foco dos atos não é Lula, mas, sim, Bolsonaro. Luciana discorda. “Nossa frase é ‘Eles, não’. Nem Bolsonaro, nem Lula.” Esses grupos avaliam que não são bem-vindos aos atos convocados pela esquerda, e citam como exemplo a hostilidade recebida por um grupo do PSDB no último protesto em São Paulo, em 3 de julho. Mas dizem que qualquer pessoa, incluindo as de esquerda, serão bem recebidas caso compareçam para defender o impeachment de Bolsonaro.

A reportagem conversou com Renan Santos e Luciana Alberto para saber mais sobre a organização dos atos contra o presidente, as expectativas e quais são as avaliações deles sobre o cenário atual e sobre o movimento de 2016. Confira, a seguir, os principais trechos das entrevistas.

“As manifestações são o principal índice de insatisfação”, diz coordenador do MBL. Líder do movimento afirma que “pessoas que votaram no Bolsonaro no 2º turno não apenas o rejeitam como o querem fora”.

 

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