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Muçulmanos americanos temem violência após declarações de Donald Trump

Magnata mandou barrar a entrada de todos os muçulmanos nos EUA. (Foto: Charlie Neibergall/AP)

Na sexta-feira em que terroristas mataram 130 pessoas em Paris (França), Basant Salem estava reunida com amigos na cidade de Murfreesboro, no Tennessee (EUA). Assim que as TVs começaram a divulgar o vínculo entre o atentado e o extremismo islâmico, a estudante de biologia recebeu um telefonema do pai, pedindo que ela voltasse para casa.

Imigrante egípcio, ele temia que Basant fosse hostilizada por ser muçulmana. Desde então, o receio aumentou. Dezenove dias depois do atentado na França, o radicalismo islâmico também foi associado ao ataque que deixou 14 mortos em San Bernardino, na Califórnia. Líder entre os republicanos na disputa pela Casa Branca, Donald Trump respondeu à tragédia com a proposta de barrar a entrada de todos os muçulmanos nos EUA.

“Sinto que estou sendo responsabilizada pelo que aconteceu, mesmo não tendo culpa nenhuma.” Como muitas mulheres de sua religião, a jovem de 18 anos é facilmente associada ao islamismo pelo véu que usa. Com a receptividade de parte dos eleitores à retórica de Trump, ela passou a ter medo de frequentar alguns lugares públicos da cidade onde vive com os pais e dois irmãos. (Cláudia Trevisan/AE)

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