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Muita honra, pouca ação

Há décadas o ex-ministro José Dirceu circula pelo Brasil com “dupla identidade”. (Foto: Divulgação)

Mal a pasta foi criada, ainda encontra dificuldades burocráticas, e o roteiro tiro-porrada-bomba corre diariamente no Rio de Janeiro, uma honraria criada pelo presidente Michel Temer a pedido do ministro da Segurança Pública, Raul Jungamann, conota provocação ao povo. O Decreto 9.490, da última terça-feira, cria a Ordem do Mérito da Segurança Pública, que será ‘conferida às pessoas naturais ou jurídicas, civis ou militares, nacionais ou estrangeiras, que tenham prestado relevantes serviços ao Ministério da Segurança Pública’. É prêmio demais para solução de menos.

No mais…

Segundo o Artigo 3º, o Presidente da República é o Grão-Mestre da Ordem e o Ministro de Segurança Pública é o Presidente efetivo e o Chanceler da Ordem.

Autonomia

Sob o guarda-chuva do Ministério da Segurança, a Polícia Federal ficou mais ‘amarrada’ para compras e licitações, reclamam fontes da corporação. E segue o baile.

Dupla identidade

Há décadas o ex-ministro José Dirceu circula pelo Brasil com “dupla identidade”. Além do documento com o nome verdadeiro, Dirceu leva na carteira até hoje o documento plastificado do pseudônimo Carlos Henrique Gouveia de Melo, seu nome de guerra na volta ao Brasil, na clandestinidade, entre 1974 e 1979. A falsa identidade é de 1971, com a primeira foto logo depois da primeira plástica que fez no rosto.

Aniversário

O ex-ministro, que lançou seu primeiro volume do livro de memórias no Rio na terça, começa a rodar o país para sessões. Ele enviou a foto exclusiva para uma leitora da Coluna, e nós a reproduzimos aqui. E, pelo visto, um semblante muito diferente, antes de fazer a plástica que o caracterizou facilmente como é hoje.

Liminar

Em tempo, Dirceu era um pacato alfaiate comerciante no interior do Paraná e de São Paulo nesse período. Chegou a esconder por anos a verdadeira identidade até da mulher, Clara Becker, com quem teve um filho, o hoje deputado Zeca. Dirceu, condenado na Lava-Jato, está solto por liminar e pode voltar à cadeia em breve.

História que segue

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) destinou duas emendas para manutenção do Museu Nacional nos últimos 5 anos. Registramos ontem uma de R$ 300 mil, liberada, segundo a assessoria do Museu. Chico diz que foram duas de R$ 200 mil – uma em 2013 e outra em 2014 (esta empenhada). Chico, também professor de História, pediu mais R$ 200 mil ano passado, que não foi liberada ainda.

É fogo…

Tal como a queda de um avião é causada por uma série de fatores, vem à tona agora que o incêndio no Museu Nacional tem diferentes culpados. O chefe da Casa Civil do Planalto, Eliseu Padilha, diz que aumentou nos últimos anos a dotação orçamentária para a UFRJ (tutora da entidade), mas não esclareceu que boa parte foi contingenciada.

… pra todo lado

Assim como foram contingenciados também mais de R$ 950 mil de emendas de deputados barrados pelo Governo no Orçamento, como citamos. A universidade gasta 87% de seu orçamento com salários, revelou O Globo, e o museu não tinha licença dos bombeiros para funcionar, mostrou a TV Globo.

Coldre ferve

A Federação dos Policiais Federais tenta segurar a categoria. Com a credibilidade em alta por causa da Lava-Jato, não descartam – agentes, papiloscopistas e outros – uma greve diante do adiamento confirmado do reajuste salarial para 2020.

Calmaê

Petistas – hoje seus aliados, pero no mucho – criticam o governador Paulo Câmara, de Pernambuco, que se diz aliado de Lula na campanha. Ele sempre pediu votos para o padrinho, o saudoso Eduardo Campos.

Olho neles

Em campanha para a reeleição, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) não tira o olho da urna. Residente em Brasília, bateu ponto num Congresso vazio ontem, mas não se esqueceu da outra ponta do Plano Piloto: Endossou documento do Movimento Câmara+Barata por mais transparência na Câmara Distrital.

Diabetes

Entra na reta final consulta pública que poderá decidir a vida de milhares de idosos brasileiros. A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS decidirá se disponibiliza novo medicamento para o tratamento do diabetes tipo 2 e doença cardiovascular, que mata mais que HIV, tuberculose e câncer. Sociedades médicas e ONG´s são a favor desta incorporação

Deu samba

A cantora Hanna grava hoje no Rio o clipe ‘Aquarela do Brasil’, em homenagem aos 80 anos da música composta por Ary Barroso e que ganhou fama com interpretação de Carmen Miranda.

 

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