Ícone do site Jornal O Sul

Mulher e cunhada encomendaram a morte de tenente-coronel do Exército para ganhar pensão

Suspeita é de que Cristiana tenha ficado insatisfeita com a pensão alimentícia que receberia após a separação. (Crédito: Reprodução)

A Polícia Civil do Distrito Federal informou que a professora de artes C istiana Cerqueira pagou 15 mil reais ao filho da ex-empregada da irmã para executar o tenente-coronel do Exército Sérgio Murilo Cerqueira, com quem era casada. Ela pretendia receber a pensão por morte no valor estimado de 10 mil reais. Cristiana foi presa no sábado e nega a acusação. Horas após o crime, ela postou mensagens em uma rede social se dizendo de luto.

De acordo com o delegado Leandro Ritt, a irmã da professora combinou com o rapaz, que cooptou outras três pessoas suspeitas de envolvimento no crime. A mulher teria saído com o filho da ex-empregada no dia anterior, entregado a arma e mostrado o local onde o militar deveria ser abordado. No total, oito pessoas são suspeitas de ligação com o homicídio.

Separação.

O casal tem uma filha de 13 anos e, de acordo com as investigações, estava se separando. “Eles [Cristiana e Sérgio Murilo] estavam em processo de separação há 30 dias. O tenente-coronel estava na casa de um amigo, do Exército, e a mulher ficou no apartamento funcional com a filha”, diz o delegado. “A cunhada não confessou que planejou a execução, mas disse que a ideia era dar um tiro na perna, para que, machucado, ele tivesse de voltar para casa e reatar o casamento”, disse Ritt.

A investigação apontou ainda que o autor do disparo havia sido solto do presídio há dois dias.

O diretor-geral da Polícia Civil, Eric Seba, afirmou que a suspeita é de que Cristiana tenha ficado insatisfeita com a pensão alimentícia que receberia após a separação – 2 mil reais – e planejou o crime, junto com a irmã, para receber a pensão por morte do militar, de 10 mil reais. A hipótese de latrocínio foi descartada.

Oito pessoas foram presas por envolvimento com o crime: a viúva e a irmã dela, os três homens e a mulher suspeitos de tê-lo abordado e executado e os dois jovens que foram flagrados em uma festa, horas depois da execução, com o carro dele.

O corpo do coronel foi encontrado pela Polícia Militar às 3h de sábado com um tiro na nuca a 26 quilômetros de distância do local em que ele foi rendido. A hipótese inicial da polícia era de sequestro seguido de homicídio.
Entenda o caso.

O coronel e a mulher dele foram abordados na noite de sexta-feira por quatro pessoas quando chegavam de carro a um prédio. A mulher foi deixada no local, mas os criminosos mantiveram o coronel refém dentro do automóvel e saíram com ele.
O tenente morto tinha 43 anos de idade e trabalhava no quartel-general do Exército em Brasília. Ele foi promovido a tenente-coronel da cavalaria em abril de 2014. (AG)

Sair da versão mobile