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Mulher faz “jejum”, mas não de alimentos e sim de WhatsApp, como penitência para a Quaresma

Raimunda Girlene Picanço vai doar o dinheiro que seria para pacotes adicionais de internet. (Crédito: Reprodução)

Em tempos em que se comunicar usando a internet em aparelhos celulares faz parte do cotidiano da maioria da população, deixar de usar aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, por exemplo, é um verdadeiro sacrifício. Com a intenção de renovar o espírito, em Santarém, no oeste paraense, a dona de casa Raimunda Girlene Picanço, 41 anos, decidiu abster-se do aplicativo durante a Quaresma. O momento representa um tempo de conversão, silêncio, oração, penitência e jejum.

Integrante do Movimento de Cursilho de Cristandade Raimunda faz “jejuns” neste período há 14 anos. Segundo ela, desde a Quarta-feira de Cinzas a rede social não faz parte da lista de aplicativos do celular dela. Ela conta que passava o dia conectada. “Eu fico trocando mensagens com o grupo de orações da comunidade católica que participo, com familiares e também amigos.”

Para Raimunda, essa atitude significa a libertação espiritual para encontro de uma vida mais próxima de Deus. “A vida da gente é feita de escolhas. Durante esses catorze anos eu me abstenho de alguma coisa na Quaresma e na Semana Santa. Este ano optei ficar sem o aplicativo por quarenta e sete dias. Isso é uma forma de mostrar para o meu celular que sou eu e não ele quem me domina. Hoje o celular é um vício muito grande. Então as pessoas que me amam vão passar um ‘torpedão’ ou vão ligar para mim. Eu sempre falo que depois que inventaram o WhatsApp, ligação é uma grande prova de amor”, revela.

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