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Mulher leva uma desconhecida a um hospital para salvá-la, mas acaba recebendo cobrança de 27 mil reais

Empresária tomou um susto ao descobrir que estava sendo processada após fazer uma boa ação: dar uma carona. (Foto: Reprodução)

A empresária Nilzete Neuhauss tomou um susto ao descobrir que estava sendo processada após fazer uma boa ação: ela deu carona à irmã de uma vizinha, que até então não conhecia, e acabou recebendo uma cobrança de 27,3 mil reais porque o plano de saúde revogou a autorização para a cirurgia da mulher.

O procedimento aconteceu em novembro de 2011 no Distrito Federal. A filha de Nilzete tinha operado o cotovelo havia alguns anos, e a vizinha – que é mãe de uma colega de escola da menina – procurou a empresária para pedir indicação de médico. A irmã dela caiu e não conseguia se mexer.

“Como a irmã dela [a vizinha] não dirige, eu me prontifiquei a levá-la. Mas eu nunca nem a tinha visto.”

Nilzete conta que acompanhou a mulher até a internação e que, na saída, foi abordada por funcionários do hospital pedindo que ela assinasse alguns papéis. A empresária disse que afirmaram que fazia parte do protocolo e que a paciente não podia se responsabilizar por si, por isso topou.

O hospital teria então alegado que a autorização para a cirurgia foi revogada e, sem conseguir localizar pessoalmente a mulher, procurou Nilzete.

“Sei que, por eu ter feito uma boa ação, por ter carro, saber dirigir, fui prejudicada. Veio um oficial de Justiça na minha casa… Fui colocada como responsável financeira de uma pessoa maior de idade e que eu não conheço.”

Nilzete ganhou o caso em 1ª instância. No entendimento da Justiça, o hospital não deixou claro em nenhum momento que ela poderia arcar com os custos da cirurgia.

Nilzete afirma não estar magoada com a mulher, mas ter se chateado com a situação. (AG)

Sentença do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que aponta que empresária não tem de ressarcir hospital. (Foto: Reprodução)

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